Marta Suplicy quer liberdade de expressão para religiosos ‘apenas’ dentro de templos.
“O problema está nas entrelinhas, sra. Marta”.
A bancada evangélica conseguiu novamente em uma atitude heróica barrar o PL 122/2006. Sou católico anti-ecumênico, mas devo admitir que os protestantes prestaram um valoroso serviço.
A Senadora Marta Suplicy, inconformada com a derrota, tentou mais uma vez ludibriar a sociedade com suas declarações. Marta que segundo o jornal O Estado de São Paulo incluiu uma emenda permitindo que todas religiões e credos exerçam sua fé, dentro de seus dogmas, desde que não incitem a violência declarou: “O que temos na fé é o amor e o respeito ao cidadão. Me colocaram que o problema não era intolerância nem preconceito, mas liberdade de expressão dentro de templos e igrejas. O que impede agora a votação? O que, além da intolerância, do preconceito, vai impedir a compreensão dessa lei?”, questionou Marta.
Observem o trecho que destaquei: “… mas liberdade de expressão dentro de templos e igrejas”.
A própria frase da Senadora denúncia o que ela tentou omitir. A emenda que a mesma destaca, foi apenas uma manobra para tentar enganar a sociedade. Ela permite a liberdade de expressão para os religiosos APENAS DENTRO de seus templos. Fora deles lhes restam apenas a mordaça.
O que também não é mencionado, é que a censura estende-se também aos sites religiosos. Ou seja, com a emenda da Marta Suplicy, os sites e blogs religiosos não poderão exercer sua ideologia religiosa livremente, e caso preguem o mesmo que é pregado dentro de seus templos, estarão enquadrados no crime de homofobia.
Fica cada vez mais claro que nossa liberdade de expressão e religião está em xeque.
Os religiosos serão enclausurados em seus templos, enquanto os homossexuais poderão exercer seu ativismo em qualquer lugar, incluindo escolas. Os pregadores serão calados, e os ativistas gays anunciarão nas praças.
Parabéns a bancada evangélica e a todos deputados que lutam contra essa mordaça.
Fica a brilhante frase do grande Jurista Ives Gandra ao comentar sobre o Kit Gay do MEC (Ministério de Educação), em entrevista ao Estado de São Paulo:
Tudo o que se tenta privilegiar, à luz do argumento de que isso tenha sido discriminado, acaba culminando numa discriminação às avessas.
Fonte: Jefferson Nóbrega – Jornal do Brasil.
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