terça-feira, 28 de junho de 2011

Ellen White ensinou que o excesso sexual é motivo de doenças?




Com a facilidade de acesso às informações na atualidade, inclusive as crianças sabem que até mesmo as coisas boas, quando usadas (ou praticadas) em excesso, fazem mal à saúde. Alguns dos críticos de Ellen White, no desejo (doentio?) de desmerecer os escritos dela, ignoram tal fato tão evidente e chegam ao ponto de menosprezar o que ela escreveu sobre o “excesso sexual”, alegando que ela era “uma doida” que “não sabia sobre o que estava escrevendo”.

A citação na qual eles “apoiam” conclusões tão infelizes é esta: “O excesso sexual destruirá, com efeito, o amor para com os cultos devocionais, tirará do cérebro a substância necessária para nutrir o organismo, vindo positivamente a debilitar a vitalidade.” (O Lar Adventista, p. 124).

Os críticos deveriam ser imparciais e também acusar de “herege” o Dr. David Horrobin, M.D. e Ph.D. pela Universidade de Oxford por ter declarado (aqui ele fala sobre a masturbação):
“A quantidade de zinco no sêmen é tanta que é possível uma ejaculação eliminar todo o zinco que pode ser absorvido pelos intestinos em um dia. Isto tem diversas conseqüências. A menos que a quantidade perdida seja substituída com uma dieta reforçada, as repetidas ejaculações podem levar a uma deficiência real de zinco e vários problemas podem ocorrer, inclusive a impotência”. (David F. Horrobin, M.D., Ph.D., Zinc [St. Albans, Vt.: Vitabooks, Inc., 1981], p. 8. Ver também Carl C. Pfeiffer, Ph. D., M.D., Zinc and Other Micro-Nutrients [New Canaan, Conn.: Keats Publishing, Inc., 1978], p. 45.)

Por que não vemos os críticos falando contra esse médico? Por que só os vemos “lembrando” Ellen White? É para se pensar…
O sexo é um presente de Deus para os casais casados, mas, se for praticado em excesso, sem que os cônjuges dediquem tempo para crescer em outras áreas da vida, é óbvio que fará mal. Não precisa ser médico para saber isso. Se tudo em nossa vida girar em torno do sexo, nossa saúde física, mental e espiritual será prejudicada.

E não poderia ser diferente, pois, possuímos uma natureza integral, onde todos os aspectos do SER precisam se desenvolver harmonicamente. E num casamento ambos precisam se dedicar ao sexo, às amizades, comunhão com Deus (em primeiro lugar), trabalho, esporte, lazer, filhos, etc. Se o tempo todo foi dedicado a “investir” apenas em um aspecto da vida, com certeza o organismo responderá negativamente. E a relação tende a enfraquecer.

Porém, você sabia amigo(a) leitor(a) que a ênfase de Ellen White na citação do livro O Lar Adventista não é no número de relações sexuais praticadas por um casal e sim no que eles fazem entre quatro paredes? Veja todo o contexto da citação e tire suas próprias conclusões (estou até cansado de tanto usar a palavra “contexto”, mas, o que fazer se os críticos são maldosos e/ou ignorantes ao ponto de descontextualizarem o que ela escreveu?). Transcreverei o que ela escreveu nas páginas 124, 125 do livro O Lar Adventista e grifarei algumas palavras e frases:

“Homens e mulheres, um dia aprendereis o que seja a concupiscência e os frutos de a satisfazer. Pode-se encontrar no casamento paixão de tão baixa qualidade, como fora dele.

“Qual o resultado de dar livre curso às paixões inferiores? … O leito conjugal, onde anjos de Deus devem estar presentes, é profanado por práticas perversas. E porque domina deprimente animalismo, os corpos são corrompidos; práticas abomináveis levam a enfermidades abomináveis. O que Deus deu como uma bênção tem-se feito uma maldição.

“O excesso sexual destruirá com efeito o amor para com os cultos devocionais, tirará do cérebro a substância necessária para nutrir o organismo, vindo positivamente a debilitar a vitalidade. Mulher alguma deve ajudar o marido nesta obra de autodestruição. Ela não o fará caso esteja esclarecida, e tenha por ele verdadeiro amor.

Quanto mais condescendência houver com as paixões animais, tanto mais fortes se tornarão elas, e mais violentos serão seus reclamos quanto à satisfação. Que os homens e mulheres tementes a Deus despertem para o seu dever. Muitos professos cristãos sofrem de paralisia de nervos e cérebro, devido a sua intemperança neste sentido.”

Percebeu caro internauta? Quando ela diz que “o excesso sexual destruirá, com efeito, o amor para com os cultos…” e provocará “autodestruição” e corromperá “o corpo”, ela se refere às “paixões inferiores”, “práticas perversas”, “animalismo” e “paixões animais”. Ela trata das práticas sexuais animalescas que degradam a natureza humana e que clamam cada vez mais por satisfação (o que leva à perda de energia cerebral e moral, diminuindo o Sistema Imunológico, trazendo assim doenças).
Não posso lhe dizer quais são todas as práticas “animalescas” as quais ela se refere, porém, é possível garantir
que ela se refere a comportamentos sexuais pervertidos como a pornografia, que trazem infelicidade à esposa e doença ao marido, em especial (pois é ele quem mais clama por satisfação dos desejos “animalescos”).

O crítico que se identificou neste blog como “Jan”, e que me enviou uma série de “erros de Ellen White” (falta-me refutar apenas três!) deveria colocar a mão na consciência e ter mais temor a Deus.
Ninguém é obrigado a acreditar que Ellen White foi profetisa. Porém, respeitar o que ela escreveu sem descontextualizar suas declarações mais “polêmicas”, é o mínimo que um cidadão de bem deve fazer para que seja um fiel promotor do cristianismo e um bom exemplo a toda sociedade secular.

Leandro Quadros

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