quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

A Comunicação com Nosso Pai



Em janeiro de 1832 abriu-se ao trânsito a primeira ponte pênsil entre a Ilha de Manhattan, na qual se acha construida New York, e o importante subúrbio de New Jersey. Tem mais de um quilometro de comprimento e representa uma fabulosa inversão de capital. Quando ainda se achava em construção, essa obra trazia em letras garrafais a inscrição "Cabos Roebling", palavras que recordam as peripécias da vida e obra dos Roebling pois foram eles que inventaram os cabos de fios de aço usados na construção das pontes pênseis.

Em várias outras regiões do Mundo encontram-se hoje idênticas arrojadas obras, sobre abismos ou caudolosos rios, ligando as suas duas margens. É o caso da ponte Golden Gate, ainda nos Estados Unidos da America, na Califórnia, ligando São francisco a Oakland, e a ponte sobre o Tejo que liga Lisboa à margem Sul.

Uma Ponte de que Todos Necessitamos

O objetivo primordial de uma ponte é estabelecer um meio de comunicação fácil entre dois pontos separados por um volume de água ou por um abismo.
Ensina-nos avida que há abismos de mais graves consequencias do que as depressões físicas que se cruzam com pontes de aço, pedras, cimento ou madeira. Encontramos a humanidade dividida hoje em dia por diferenças de idioma, raça ou até por tradições que são muito mais dificeis de transpor do que os rios ou vales. E mais difícil ainda de transpor é o tremendo abismo que se interpõe, entre o homem e Deus.

Quantas pessoas que, no meio das múltiplas actividades da vida não se dão conta desse abismo, mandam apressadamente buscar alguma pessoa que , segundo crêem, servirá de meio de cominicação entre elas e a Divindade! Assim tem sido em todos os tempos e entre todos os povos. E à necessidade da alma humana tem correspondido uma classe de religiosos profissionais que se ofrecem para prestar o auxilio necessário, intervindo entre a alma e Deus.
Diante de certas crises na vida humana, temos de escolher entre valer-nos da ajuda de algum intermediário entre nós e Deus ou mergulhar no desespero, pois com os nossos próprios recursos não podemos fazer frente às esmagadoras forças adversas.

O Sarcedote é um Homem-Ponte, ou Mediador

Devemos, então, receber de braços abertos todo aquele que pretende ser mediador entre nós e Deus? É claro que não. Os pretendentes são tantos e de caracter tão diverso, que é impossivel crer que todos mereçam a nossa confiança. como distinguir entre o sacerdote ou mediador verdadeiro e o falso?
Diz porventura aquela grande fonte de conhecimento, a escrituras Sagradas, algo a respeito do que concerne a à nossa relação com Deus? Felizmente encontramos ali abundante informação a esse respeito, e daremos o seguinte resumo:

Os Sarcedotes dos Tempo Primitivos

1. Originalmente as funções sacerdotais eram exercidas, não pelos religiosos profissionais, mas pelos chefes das familias crentes em Deus, que construiram altares nos quais se fazim ofertas e sacrificios e Jeová; e o apóstolo Paulo nos ensina que o " oferecer dons e sacrificios" é função caracteristica de um sacerdote. ( Ver Gen.Cap. 8: 20-22; Cap. 12:7; Cap. 22:1-14 )

2. Mais tarde, sob a direção de Moisés, efetuou-se uma grande reforma religiosa entre os israelitas, e em vez de confiar aos chefes a direção da vida religiosa do povo, como no dia dos patriarcas, foi implantada por ordem de Deus uma organização que propenderia à unidade nacional.




A Casta Sacerdotal Levitica

Das doze tribos que compunham o povo israelita, foi eleita a de Levi, para que os homens aptos entre ela se dedicassem a atender as necessidades religiosas da nação. Desta tribo, Deus mesmo escolheu Arão, irmão do grande libertador Moisés, para que fosse o sumo secerdote do povo.

3. Desde então não houve mudança nas ordenanças com respeito ao sacerdócio até o aparecimento do Messias, uns quinze séculos depois.

Não Havia Sacerdotes na Igreja Cristã Primitiva

É notável, todavia, que na igreja na organização da igreja primitiva, segundo se acha descrito dos mesmos apóstolos, não se mencionam secerdotes. fala-se-nos com frequência dos apóstolos, dirigentes da igreja, abaixo de Jesus Cristo; de diáconos, de profetas, evangelistas, pastores, doutores, operadores de milagres, pessoas dotadas da faculdade de falar linguas e traduzi-las, mas não se mencionam sacerdotes. Este fenômeno fica explicado no livro de Hebreus, onde o apóstolo Paulo expõe detalahadamente todo o assunto do sacerdócio.


Jesus Cristo, o Sumo Sarcedote da Era Cristã

No primeiro capitulo estabelece a perfeita divindade de Jesus Cristo, a íntima relação existente entre o Soberano do Universo e o seu Filho unigênito.

No segundo capitulo, põe em destaque a perfeita humanidade do filho de Deus e a Sua participação em toda nossa debilidades, tentações e lutas.

Desde o versiculo 14 do capitulo 4, usa esses dois fatos para demonstar que Jesus Cristo é o grande Pontifice ou Sumo Sacerdote da igreja Crsitã.

Prossegue a demonstrar no capitulo 5 que Ele é o eterno Sacerdote "segundo a ordem de Melquisedeque", prometido pelo salmista inspeirado. ( Salmo 110:4 )

Pontifice é Aquele que Serve de Ponte

A palavra empregada nas Escrituras Sagradas na maioria das versões para representar a Cristo como nosso Sacerdote é "Pontifice", termo aplicado pelos romanos a seus principais sacerdotes. Esta palavra vem de dois vocábulos latinos: pons (ponte) e facio (faço). No grego e no hebraico, a palavra "sacerdote" significa "o que oferece sacrificio". Mas esse nome romano que a Bíblia aplica a nosso Senhor, significa "o que faz (serve de) pontes" entre o homem e Deus.

Que formosa palavra para representar nosso Senhor na qualidade de sacerdote! É Ele a grande ponte que une a humanidade à Divindade, através do abismo do pecado. Como a grande ponte construida pelos Roebing depende de dois sólidos pilares erigidos numa e outra margem do vale ou torrente que atravessa, assim a eficácia do ministério de nosso Pontifice depende de dois factos importantes e inamovíveis:

1. a divindade de nosso Senhor

2. a Sua humanidade.

E os cabos que sustêm essa ponte espiritual esao firmemente seguros nessas duas caracteristicas de Cristo. As amarras nunca hão de ceder, nem de um lado nem do outro.





Nosso Único Mediador


Jesus Cristo é, pois, o elemento de ligação entre Deus e o homem. Defende a este no juizo, por ele intercedendo, em virtude de Se haver entregue em sacrificio pelos homens. Tornou-se assim o Advogado supremo de todos os pecadores que Lhe confiarem a sua causa. E todos os que sinceramente o fizeram poderão um dia atestar que Ele jamais perdeu uma causa. " Meus filhinhos", diz o apóstolo João, "estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E Ele é a propiação pelos nossos pecados". 1João 2:1-2.

João está repetindo o que Jesus ensinou aos Seus, no cenáculo: "Eu Sou o caminho...ninguém vem ao Pai, senão por Mim".

Aqui temos, pois, a explicação da total ausência de sacerdotes na organização da igreja cristã primitiva.
Aproveitamos, pois, este único caminho de acesso ao nosso Pai celestial. Apresentemos-Lhe as nossas súplicas em nome de nosso Pontífice e Salvador Jesus Cristo. E Ele mesmo promete: "O que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora" Jão6:37

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