quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Lição da Escola Sabatina - Lição 05 - A Inspiração dos Profetas


Lição 05
24 a 31 de Jan.2009

Sábado – 24/01/2009

A inspiração dos profetas

VERSO PARA MEMORIZAR: “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça;” 2Tm 3:16

Leituras da semana: Jr 36:1-4; 1Ts 2:13; 2Tm 3:16; Tt 1:12; 2Pe 1:1-4, 20-21

Há muito, os cristãos têm debatido a questão:

O que significa quando dizemos que a Bíblia é inspirada?

Além disso, para os adventistas do sétimo dia, existe a questão da inspiração de Ellen G. White. Em 1906, ela escreveu a um médico adventista uma carta em que refutava a idéia de que toda palavra que ela escrevia era tão inspirada quanto os Dez Mandamentos: "Meu irmão, você tem estudado diligentemente meus escritos, e nunca encontrou quaisquer reivindicações dessas de minha parte, nem achará que os pioneiros de nossa causa as fizessem" (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 24).

Nesta semana, estudaremos alguns dos assuntos referentes à questão da inspiração.

Prévia da semana:
Qual é a diferença entre inspiração e revelação?

Qual é a diferença entre inspiração verbal e do pensamento?

Os profetas podem obter ajuda de outros quando escrevem?

Que exemplos temos de profetas que citaram fontes externas à Bíblia?

"Ano Bíblico: Ler Cápitulos: Êx 21-22, 23"



Lição 05

Domingo – 25/01/2009


Revelação - inspiração
A Inspiração dos Profetas


1. Descreva a atividade divina na produção dos livros da Bíblia. 2Tm 3:16; 2Pe 1:20-21

Em 2 Timóteo 3:16, Paulo diz que a Bíblia é tkeopneustos (assoprada por Deus). Na tradução latina da Bíblia o texto diz: "scriptura divinitus inspirata;' de onde obtivemos a palavra inspirada.

Paulo está dizendo que a Bíblia teve origem em uma atividade do Espírito Santo. Por visões e sonhos, o Espírito Santo revelou a verdade aos profetas (revelação); e então, assegurou-Se, mediante Sua direção no processo de escrita (inspiração), de que o profeta escrevesse em harmonia com o que Deus revelou.

2 Pedro 1:21 diz que aqueles "homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo, Assim como um navio é movido pelo vento, os escritores bíblicos eram movidos pelo Espírito Santo. Desse modo, revelação-inspiração se refere àquele processo por meio do qual o Espírito Santo revelou aos profetas o que Deus queda que eles soubessem e, então, os guiou na proclamação daquela men¬sagem. Alguns falaram a palavra; outros a escreveram. A forma escrita se tornou a Escritura inspirada (assoprada por Deus).

Embora no Novo Testamento os apóstolos não reivindicassem inspiração tão freqüentemente quanto os escritores do Antigo Testamento, é evidente que eles consideravam que suas mensagens haviam sido dadas por autoridade divina. Por exemplo: Paulo escreveu: "Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito" (1Co 2:13), e "tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus" (1Ts 2:13).

Ainda assim, a Bíblia também é um livro humano. Na aparência, ela tem todos os sinais de autoria humana. Ao registrar suas próprias experiências, os autores se referem a si mesmos com pronomes pessoais (Ne 1:1-11; Dn 10:1-9; Gl 1:12-20); os costumes e tradições do tempo dos autores são vistos na escrita e alguns dos salmos e provérbios refletem a literatura e cultura das nações adjacentes. Em re¬sumo, embora tenha sido inspirada pelo Senhor, a Bíblia também reflete a huma¬nidade de seus autores.

Para você, qual dos autores da Bíblia tem sua humanidade mais evidente?

Como você pode sim¬patizar e se relacionar com esse autor puramente em nível humano?

Leve sua resposta para a classe no sábado.

"Ano Bíblico: Ler Cápitulos: Êx 24, 25, 26, 27"



Lição 05
Segunda–26/01/2009


Inspiração verbal ou do pensamento

A Inspiração dos Profetas

2. O que nos dizem os textos seguintes sobre inspiração das Escrituras? Is 2:1-2; Ez 36:16; 1Co 7:10-12, 39, 40; 1Ts 2:13

Estas são duas das teorias mais importantes sobre a inspiração:

Inspiração verbal. A ênfase na inspiração verbal está nas palavras da Bíblia, e não no autor. Todas as palavras parecem ter sido inspiradas por Deus, que escolhe desde o vocabulário até a experiência educacional do autor. De acordo com esta posição, só os escritos originais dos escritores bíblicos são inspirados, não as cópias, que podem conter erros. Essa posição deve ser diferenciada da teoria da inspiração por ditado, em que cada palavra das Escrituras foi ditada pelo Espírito Santo, sem referência ao vocabulário e experiência educacional do escritor.

Inspiração do pensamento. A ênfase aqui está nos autores, não nas palavras. Em princípio, os pensamentos são inspirados, e não tanto as palavras da Bíblia (1Co 7:10-12, 39, 40; 1Ts 2:13), a não ser quando são citadas as palavras de Deus ou de um anjo (Jr 29:30-31; Ap 19:9) ou quando Deus fala diretamente por meio de um profeta (Nm 22:35; 23:1-12, 26). O autor recebe a visão, sonho, ou pensamento e o expressa por escrito em suas próprias palavras (Is 2:1-2; Ap 4:1); o Espírito Santo assegura que as palavras usadas expressem corretamente a verdade de Deus. Então, a Bíblia é declarada ser a revelação infalível da vontade de Deus.

Com base nas Escrituras e nos escritos de Ellen White, os adventistas defendem a inspiração do pensamento. "Não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que o foram. A inspiração não atua nas palavras do homem nem em suas expressões, mas no próprio homem que, sob a influência do Espírito Santo, é tomado por pensamentos. As palavras, porém, recebem o cunho da mente individual. A mente divina é difusa. A mente divina, bem como Sua vontade, é combinada com a mente e a vontade humanas; assim, as declarações do homem são a Palavra de Deus" (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 21).

Como indica a última sentença, as palavras do profeta se tornam a Palavra de Deus. Na mesma linha de pensamento, Davi escreveu: "O Espírito do Senhor fala por meu intermédio, e a Sua palavra está na minha língua" (2Sm 23:2). Isso indi¬ca que a inspiração não apenas concedeu pensamentos mas certificou-se de que a palavra escrita com precisão transmitisse os pensamentos de Deus.

Porque é importante compreender corretamente como a inspiração age?

Quais são os perigos de se ter uma compreensão errada?



"Ano Bíblico: Ler Cápitulos: Êx 28, 29"


Lição 05

Terça – 27/01/2009

Visões e fenômenos físicos
A Inspiração dos Profetas


3. O que dizem os textos seguintes sobre o efeito das visões celestiais sobre alguns profetas bíblicos? Dn 10:7-9, 17-18; At 9:1-5; Ap 1:17

Hellen White descreve sua experi6ncia com estas palavras: "Como freqüentemente são feitas indagações quanto ao meu estado em visão, e depois de sair dela, desejo dizer que, quando o Senhor acha por bem dar uma visão, sou levada à presença de Jesus e dos anjos, e fico inteiramente fora das coisas terrenas. Não posso ver além daquilo a que o anjo me dirige" (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 36).

Em 1868, seu marido, Tiago White, deu a seguinte descrição de sua aparência física enquanto estava em visão:

"1. Ela fica totalmente inconsciente de tudo o que acontece ao seu redor; 2. Ela não respira .... [Isso] foi provado repetidamente pressionando-se seu tórax e fechando-se sua boca e narinas; 3. Imediatamente ao entrar em visão, seus músculos se tornam rígidos, e as articulações ficam tão fixas que nenhuma força exterior pode influenciá-las; ... 4. Ao término da visão, seja de dia, seja em uma sala bem iluminada à noite, tudo parece totalmente escuro. Seu poder de distinguir até os objetos mais brilhantes, mantidos a poucos centímetros de seus olhos, só volta gradualmente" (Life Incidents, p. 272).

Muitos a observaram durante suas visões. Joseph Bates, por exemplo, escreveu:

"Eu a vi em visão várias vezes, e também em Topsham, Maine; e aqueles que estavam presentes durante algumas daquelas cenas empolgantes bem sabem com que interesse e intensidade ouvi cada palavra e observei cada movimento para descobrir fraude ou influência do hipnotismo. Agradeço a Deus a oportunidade que tive, juntamente com outros, de testemunhar essas coisas. Posso agora falar confiantemente por mim mesmo. Acredito que o trabalho é de Deus" ( Christian Experience and Teachings of Ellen G. White, p. 89).



"Ano Bíblico: Ler Cápitulos: Êx 30 , 31"


Lição 05

Quarta – 28/01/2009


Inspiração e assistentes literários
Inspiração dos Profetas

Os profetas não eram a pena de Deus. O que eles viam ou ouviam em visões e sonhos, escreviam de acordo com o melhor de suas habilidades. Nas Escrituras, sabemos que alguns dos autores bíblicos tiveram secretários para ajudá-los a escrever as mensagens de Deus.

4. Quais foram alguns dos autores bíblicos que fizeram uso de assistentes literários? Jr 36:l-4; Rm 16:22; 1Co 16:21; Cl 4:15-18; 2Ts 3:17

Deste modo, tanto no Antigo como no Novo Testamento, os escritores usaram assistentes ou escribas para escrever as mensagens que Deus lhes deu.

A respeito do tempo do Novo Testamento, sabemos que, às vezes, escribas usavam um tablete de cera para tirar a essência do que o autor queria dizer, antes de escrever uma cópia efetiva da carta. Antes de enviá-la, o autor examinava cuidadosamente a carta para ter certeza de que expressava ao leitor o que ele queria dizer.

Ellen White também usou assistentes literários. Aqui está por quê:

1. Com sua instrução formal encerrada com a idade de 9 anos, ela reconhecia as próprias limitações como escritora. "Não sou especialista em gramática. Procurarei, se o Senhor me ajudar, aos quarenta e cinco anos de idade, tornar-me versada nessa ciência. Deus me auxiliará. Creio que Ele o fará”. (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 90). Assim, alguns de seus assistentes funcionaram como seus revisores.

2. A grande demanda por seus escritos fazia necessário que ela tivesse ajuda literária. "Depois da morte de meu marido, juntaram-se a mim fiéis auxiliares, que trabalharam infatigavelmente em copiar os testemunhos e preparar os artigos para serem publicados" (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 50).

3. Devido ao fato de que a maioria de seus livros não foi escrita na forma de livros, mas foram selecionados de material escrito anteriormente, ela precisava de ajuda especial em sua produção.

Marian Davis era editora dos livros de Ellen White. "(Ela) toma meus artigos que são publicados nas revistas e cola-os em livros em branco. Também possui uma cópia de todas as cartas que escrevo. Ao preparar um capítulo para um livro, Marian se lembra de que eu escrevi alguma coisa sobre esse ponto especial, que talvez torne o assunto mais convincente. Ela começa a procurá-lo, e se, ao encontrá-lo, perceber que isso tornará o capítulo mais claro, acrescenta-o a ele. Os livros não são produções de Marian, porém minhas, tirados de todos os meus escritos" (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 91).



"Ano Bíblico: Ler Cápitulos: Êx 32,33"



Lição 05

Quinta – 29/01/2009


Inspiração e o Livro de Lucas

Inspiração dos Profetas

5. O que disse Lucas sobre o preparo de seu Evangelho, e como se aplica à inspiração? Lc 1:1-4

Para escrever seu Evangelho, Lucas parece não ter contado com sonhos ou visões. Ele também não foi testemunha ocular dos eventos que descreveu. Em vez disso, ele escreveu sobre o que aprendeu de outros, todos, sem dúvida, sob a ins¬piração e direção do Espírito Santo, o que lhe assegurou de que o que escrevia estava em harmonia com os eventos históricos e com a vontade de Deus.

No Novo Testamento, o apóstolo Paulo não só recebeu informações verbais de outros (1Co 1:10, 11) como, em alguns lugares, citou escritos de autores pagãos. Por exemplo, em Atos 17:28, ele cita o poeta ciliciano Aratus (315-240 a.C.) que escreveu: "É com Zeus que todos nós, em todos os sentidos, temos que nos ver, pois dele também somos descendência" (Phaenonlena 5; ênfase acrescentada). Veja também 1 Coríntios 15:33 e Tito 1:12, em que Paulo citou outras fontes, tudo a fim de ensinar a verdade inspirada.

Em certas ocasiões, Ellen White usou outros livros como fontes de seus próprios escritos. Na introdução de O Grande Conflito ela escreveu: "Os grandes acontecimentos que assinalaram o progresso da Reforma nas épocas passadas, constituem assunto da História, bastante conhecidos e universalmente reconhecidos pelo mundo protestante; são fatos que ninguém pode negar.
Esta história, apresentei-a de maneira breve, de acordo com o escopo deste livro e com a brevidade que necessariamente deveria ser observada, havendo os fatos sido condensados no menor espaço compatível com sua devida compreensão. Em alguns casos em que algum historiador agrupou os fatos de tal modo a proporcionar, em síntese, uma visão abrangente do assunto, ou resumiu convenientemente os pormenores, suas palavras foram citadas textualmente; nalguns outros casos, porém, não se nomeou o autor, visto que as transcrições não são feitas com o propósito de citar aquele escritor como autoridade, mas porque sua declaração provê uma apresentação do assunto, pronta e positiva. Narrando a experiência e perspectivas dos que levam avante a obra da Reforma em nosso próprio tempo, fez-se uso semelhante de suas obras publicadas" (p. XI, XII).

Profetas que usam outras fontes? Muitos acham isso perturbador. Entretanto, o que isso nos diz sobre o funcionamento da inspiração? Se você pensar sobre isso, o que há de errado se os profetas, sob a direção do Espírito Santo, recorrerem a outras fontes como meio de ajuda para expressar a verdade?



"Ano Bíblico: Ler Cápitulos: Êx 34,35, 36 "



Lição 05

Sexta - 30/01/2009


Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 15-23, “A Inspiração dos Escritores Proféticos”.

"Não obstante, quando mando um testemunho de advertência e reprovação, muitos de vocês declaram ser simplesmente a opinião da irmã White. Têm assim insultado o Espírito de Deus. Vocês sabem como o Senhor Se tem manifestado por meio do Espírito de Profecia. O passado, o presente e o futuro têm passado perante mim. Foram-me mostrados rostos que nunca vira, e anos depois os reconheci ao vê-los. Tenho-me despertado do sono com um vivo sentimento de assuntos anteriormente apresentados à minha atenção, e escrito, à meia-noite, cartas que atravessaram o continente e, chegando em uma crise, pouparam à causa de Deus grande revés. Essa tem sido minha obra por muitos anos. Um poder tem-me impelido a reprovar e censurar erros em que eu não pensara. É esta obra, dos últimos trinta e seis anos, de cima ou de baixo? ... Nessas cartas que escrevi, nos testemunhos de que sou portadora, lhes apresento aquilo que o Senhor me tem apresentado. Não escrevo nenhum artigo expressando meramente minhas próprias idéias. Eles são o que Deus me expôs em visão - os preciosos raios de luz que brilham do trono" (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 27).

Perguntas para consideração

1. Alguns acham que algumas partes da Bíblia são mais "inspiradas" que outras. É verdade que algumas partes podem ser mais relevantes para nós hoje do que outras, mas isso é radicalmente diferente da idéia de que algumas partes sejam mais inspiradas que outras. Qual é o grande perigo dessa posição?

Ao pensar nisso, pergunte a si mesmo: Quem decide que partes são mais inspiradas que outras?

Que critérios se podem usar para fazer essa determinação? De onde vem a autoridade para fazer essas decisões? O que acontece quando as pessoas discordam sobre as partes que são mais inspiradas que outras?

2. Pense sobre a vida e ensinos de Ellen White durante seus longos anos de mi¬nistério. Apesar da grande quantidade de desinformação que existe sobre ela e seu ministério, e apesar da frequência com que seus escritos são mal-empregados, que grande evidência e razões temos para crer na realidade de seu dom profético?

Respostas sugestivas:

Pergunta 1: Deus revelou Sua vontade mediante pessoas inspiradas pelo Espírito Santo, e elas as registraram por escrito.

Pergunta 2: Representa a Palavra do Senhor.

Pergunta 3: Os efeitos físicos das visões eram claramente perceptíveis pelos que as testemunhavam.

Pergunto 4: Jeremias e Paulo.

Pergunto 5: Lucas investigou todos os fatos referentes a Jesus e os relatou em seu livro. Sua inspiração não ocorreu na forma de visão nem de sonhos, mas ele continua sendo inspirado.


"Ano Bíblico: Ler Cápitulos: Êx 37, 38 "




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